A Câmara Baixa francesa aprovou no dia 12 de Julho de 2010, com 335 votos a favor e apenas um contra, o projeto de lei que proíbe o uso do véu integral islâmico - como a burqa (que cobre todo o corpo) ou o niqab (que deixa apenas os olhos a mostra) - em locais públicos. O projeto segue para o voto no Senado, em Setembro. Segundo pesquisas divulgadas, a medida conta com o apoio da população francesa, porém poderá atrair críticas do mundo muçulmano.
A medida poderá entrar em vigor já no primeiro semestre de 2011, segundo seu projeto, a multa para as mulheres que usarem a burqa ou o niqab será de até 150 euros (vale lembrar que haverá um período de vacatio legis de seis meses). Quem pressionar uma mulher a sair com estas vestimentas em espaços públicos pode pegar penas que chegam a um ano de prisão e multas de até 150 mil euros. A direita governista alega que o uso da vestimenta integral fere a liberdade e a dignidade da mulher e é ainda um risco à segurança, já que não permite sua identificação.
Na opnião deste blogueiro, esta medida fere a liberdade dos cidadãos, além de ser claramente islamofóbica. O uso do véu é visto pela mulher muçulmana como uma demonstração de respeito à Deus. No mundo muçulmano o uso do véu não é obrigatório, já abordamos anteriormente a diversidade dentro do Islã, sabemos que há sociedades mais "abertas" (como a Turquia e o Líbano) e sociedades mais "fechadas" (como o Iêmen e a Arábia Saudita). Caracterizar o mundo muçulmano como "feudal", atrasado e intolerante, é o mesmo que utilizar os amish, ou apenas os cristãos texanos adeptos do Partido Republicano, como esteriótipo dos cidadãos dos EUA, ignorando todos os outros grupos sociais do país. Dentro do mundo muçulmano há diferentes tipos de mulheres, desde a mulher moderna e independente que não usa o véu, até a sua antítese, aquela que é usuária da burqa.
Uma sociedade moderna deve prezar pela liberdade e bem-estar de seus cidadãos, e dentro deste conceito garantir a liberdade de expressão de cada um. Ao mesmo tempo que essa parcela xenófoba da população francesa se sente ameaçada pela burqa, estes parecem estáticos em relação às mulheres seminuas que aparecem em anúncios, divulgando os produtos nacionais franceses (não quero generalizar, conheço muitos franceses e os admiro, pois são abertos e em geral bastante cultos). É lógico que não defendemos que alguns homens obriguem suas mulheres a usar a burqa ou o niqab, porém algumas mulheres utilizam a vestimenta integral por vontade própria. Neste sentido, entendemos que obrigar uma mulher a utilizar a burqa ou o niqab pode ser uma forma de opressão, mas na medida em que seu uso seja uma opção de vida de uma mulher, ela deve ter todo o direito de se vestir como bem entender.
Calcula-se que menos de 2000 mulheres usam a burqa ou o niqab na França, ou seja, esta medida afeta uma fração mínima da população do país (que gira em torno de 64 milhões). Será que um Estado organizado, como o francês, não está apto a analizar cada caso, já que são proporcionalmente poucos, e definir quais destes são situações onde ocorre opressão ou uma opção de conduta? Será que é necessário criar um desconforto em relação a população muçulmana francesa? Será que a melhor maneira de erradicar a opressão e a intolerância é agir através de medidas opressivas e intolerantes?
Quando morei em Lisboa, frequentei a Mesquita de Lisboa, apesar de não ser muçulmano (aliás não sigo nehuma religião). Como estudante do curso de mestrado, queria compreender melhor o Islã, uma religião que prega a paz e o amor à Deus e não a guerra e a intolerância. Na mesquita, participei de um curso direcionado às mulheres muçulmanas, no começo fiquei um pouco tímido, por que de fato não conhecia na prática esta religião, e tinha receio de ser mal interpretado. Estava enganado, fui muito bem recebido, além de ser aceito para participar do curso ao lado de todas as mulheres - tudo bem, eu no fundo da classe e as mulheres à frente. Em nenhum momento foi transmitido ideais de intolerância e opressão, aliás, exceto dentro da mesquita, onde o uso do véu é obrigatório, nínguem afirmou que as mulheres deveriam utilizá-los fora dela.
No nosso Brasil, cuja maioria da população é cristã (ou até mesmo na "laica" França), ocorrem casos de violência doméstica que assustam qualquer cristão ou muçulmano; creio que esses casos de opressão não ocorrem por causa da religião dos agressores, mas sim pela sua falta de fé (equilíbrio, bom-senso, humanidade ou de melhores condições sociais). Um Estado progressista e moderno deve garantir o cumprimento dos direitos das mulheres e de todos os seus cidadãos, e não estimular um clima de intolerância religiosa e social, porque muitos dos muçulmanos da França são de origem estrangeira, principalmente provenientes do Norte da África. É muito leviano aprovar leis islamofóbicas camufladas num discurso pseudofeminista, ao invés de dar assistência à uma comunidade representada maioritariamente por imigrantes e seus descendentes - o governo francês deixa claro que esta é uma medida para resolver um problema "indesejado", causado por "cidadãos de segunda classe".
Hoje, dia 14 de Julho de 2010, é necessário ressaltar os ideais revolucionários de "liberdade, igualdade e fraternidade", que deverão sempre prevalecer na sociedade francesa (independente de suas interpretações históricas). É nesta França que quero acreditar, dos franceses que tive o prazer de conhecer, que respeitam as pessoas em seu país ou fora dele; a França de jovens abertos, que aprenderam a conviver, entender e respeitar a diversidade.
A medida poderá entrar em vigor já no primeiro semestre de 2011, segundo seu projeto, a multa para as mulheres que usarem a burqa ou o niqab será de até 150 euros (vale lembrar que haverá um período de vacatio legis de seis meses). Quem pressionar uma mulher a sair com estas vestimentas em espaços públicos pode pegar penas que chegam a um ano de prisão e multas de até 150 mil euros. A direita governista alega que o uso da vestimenta integral fere a liberdade e a dignidade da mulher e é ainda um risco à segurança, já que não permite sua identificação.
Na opnião deste blogueiro, esta medida fere a liberdade dos cidadãos, além de ser claramente islamofóbica. O uso do véu é visto pela mulher muçulmana como uma demonstração de respeito à Deus. No mundo muçulmano o uso do véu não é obrigatório, já abordamos anteriormente a diversidade dentro do Islã, sabemos que há sociedades mais "abertas" (como a Turquia e o Líbano) e sociedades mais "fechadas" (como o Iêmen e a Arábia Saudita). Caracterizar o mundo muçulmano como "feudal", atrasado e intolerante, é o mesmo que utilizar os amish, ou apenas os cristãos texanos adeptos do Partido Republicano, como esteriótipo dos cidadãos dos EUA, ignorando todos os outros grupos sociais do país. Dentro do mundo muçulmano há diferentes tipos de mulheres, desde a mulher moderna e independente que não usa o véu, até a sua antítese, aquela que é usuária da burqa.
Uma sociedade moderna deve prezar pela liberdade e bem-estar de seus cidadãos, e dentro deste conceito garantir a liberdade de expressão de cada um. Ao mesmo tempo que essa parcela xenófoba da população francesa se sente ameaçada pela burqa, estes parecem estáticos em relação às mulheres seminuas que aparecem em anúncios, divulgando os produtos nacionais franceses (não quero generalizar, conheço muitos franceses e os admiro, pois são abertos e em geral bastante cultos). É lógico que não defendemos que alguns homens obriguem suas mulheres a usar a burqa ou o niqab, porém algumas mulheres utilizam a vestimenta integral por vontade própria. Neste sentido, entendemos que obrigar uma mulher a utilizar a burqa ou o niqab pode ser uma forma de opressão, mas na medida em que seu uso seja uma opção de vida de uma mulher, ela deve ter todo o direito de se vestir como bem entender.
Calcula-se que menos de 2000 mulheres usam a burqa ou o niqab na França, ou seja, esta medida afeta uma fração mínima da população do país (que gira em torno de 64 milhões). Será que um Estado organizado, como o francês, não está apto a analizar cada caso, já que são proporcionalmente poucos, e definir quais destes são situações onde ocorre opressão ou uma opção de conduta? Será que é necessário criar um desconforto em relação a população muçulmana francesa? Será que a melhor maneira de erradicar a opressão e a intolerância é agir através de medidas opressivas e intolerantes?
Quando morei em Lisboa, frequentei a Mesquita de Lisboa, apesar de não ser muçulmano (aliás não sigo nehuma religião). Como estudante do curso de mestrado, queria compreender melhor o Islã, uma religião que prega a paz e o amor à Deus e não a guerra e a intolerância. Na mesquita, participei de um curso direcionado às mulheres muçulmanas, no começo fiquei um pouco tímido, por que de fato não conhecia na prática esta religião, e tinha receio de ser mal interpretado. Estava enganado, fui muito bem recebido, além de ser aceito para participar do curso ao lado de todas as mulheres - tudo bem, eu no fundo da classe e as mulheres à frente. Em nenhum momento foi transmitido ideais de intolerância e opressão, aliás, exceto dentro da mesquita, onde o uso do véu é obrigatório, nínguem afirmou que as mulheres deveriam utilizá-los fora dela.
No nosso Brasil, cuja maioria da população é cristã (ou até mesmo na "laica" França), ocorrem casos de violência doméstica que assustam qualquer cristão ou muçulmano; creio que esses casos de opressão não ocorrem por causa da religião dos agressores, mas sim pela sua falta de fé (equilíbrio, bom-senso, humanidade ou de melhores condições sociais). Um Estado progressista e moderno deve garantir o cumprimento dos direitos das mulheres e de todos os seus cidadãos, e não estimular um clima de intolerância religiosa e social, porque muitos dos muçulmanos da França são de origem estrangeira, principalmente provenientes do Norte da África. É muito leviano aprovar leis islamofóbicas camufladas num discurso pseudofeminista, ao invés de dar assistência à uma comunidade representada maioritariamente por imigrantes e seus descendentes - o governo francês deixa claro que esta é uma medida para resolver um problema "indesejado", causado por "cidadãos de segunda classe".
Hoje, dia 14 de Julho de 2010, é necessário ressaltar os ideais revolucionários de "liberdade, igualdade e fraternidade", que deverão sempre prevalecer na sociedade francesa (independente de suas interpretações históricas). É nesta França que quero acreditar, dos franceses que tive o prazer de conhecer, que respeitam as pessoas em seu país ou fora dele; a França de jovens abertos, que aprenderam a conviver, entender e respeitar a diversidade.
Imagem: diferentes vestimentas da mulher muçulmana. Vale lembrar que não usar um véu também é uma opção da mulher.
Fonte: www.muslimthai.com
Meu caro Diogo, sou forçado a tecer meu primeiro comentário discordando de Vossa Opinião. A primeira pergunta que me assola é: será que as mulheres muçulmanas que usam a vestimenta por vontade própria não o fazem pela opressão que sofreram quando eram crianças? Será que lhes foi dado a oportunidade de conhecer outras religiões? De conhecerem outros deuses? Senão lhes foi dado tal oportunidade, me parece, de pronto, que é uma opressão sim!
ResponderExcluirEm nenhum momento neguei o fato de que muitas mulheres muçulmanas são oprimidas, e acho que elas devem receber todo apoio quanto a isso.
ResponderExcluirO meu objetivo era transmitir duas ideias:
primeiro, o princípio da lei é antidemocrático, xenófobo e islamofóbico, ou seja, opressiva e intolerante;
segundo,a opressão da mulher não é generalizada pelo Islã.
Em relação à França, será que o seu projeto de lei é realmente útil? Porque na visão "Ocidental" é tão ruim ser muçulmano? Será que em todas as famílias muçulmanas é negado a possibilidade de conhecer novas religiões? Exceto em períodos de crise, diferentes dinastias muçulmanas garantiram a liberdade religiosa aos "povos do livro" (judeus e cristãos) - quando judeus foram banidos de Portugal e Espanha, muitos migraram para o Marrocos e para o Império Otomano.
Realmente, não acredito que todos estes casos são qualificados como opressão. Deve-se respeitar uma cultura diferente e ter cautela em relação à um possível processo de aculturação.
O Islã é a religião que mais cresce no mundo, e esse movimento de expansão não ocorre ligado à opressão ou apenas em países cuja a maioria da população já é muçulmana. O Islã cresce em sociedades tidas como "modernas", por exemplo, EUA e Europa.
Voltando a sua questão, penso que todo caso de opressão deve ser estudado e analisado de forma respeitosa, com o apoio do Estado, visando o bem-estar de um indivíduo (bem-estar este que contribuirá para toda a sociedade). Como já escrevi, esta lei trata o tema como um problema "indesejado", pois é mais fácil puní-los do que dar assistência social. A sociedade francesa é aberta, as informações fluem de maneira livre e os debates são estimulados. Crianças, jovens e adultos tem acesso a tudo isso, é complicado determinar que estas mulheres sofreram opressão quando criança. No sistema educacional francês (que é laico) estes temas são discutidos, aí, por exemplo, pode ocorrer casos de uma possível situação onde o direito da criança de receber educação escolar foi negada. Dentro desta possibilidade (podemos discutir outras), a lei de veto à burqa e ao niqab é eficiente?
A minha principal crítica é que este projeto de lei não é capaz de analisar estes casos, pois os julga previamente.
Imigrantes já sofrem muito preconceito na Europa, muçulmanos também, imagina quando estas duas situações se encontram. Arranjar emprego ou alugar um apartamento é muito complicado para eles. Eu sofri isto na pele, foi-me negado diversos apartamentos, quando eu me indentificava como brasileiro. Não havia nenhuma forma de me defender. Quando isso ocorria, eu me sentia como um "cidadão de segunda classe", apesar de possuir nacionalidade portuguesa! Como a população muçulmana da França deve receber este projeto de lei?
Se você acredita que todos os casos são formas deopressão, respeito sua opnião, apesar de achar que não devemos julgá-los antes de uma análise mais adequada. A minha intenção é fazer com que as pessoas reflitam sobre este tema.
Ou seja, estas mulheres além de sofrerem uma possível opressão, precisam ser vistas como infratores de uma lei? Não há uma forma melhor de abordar estes casos?
Aliás, uma ótima ideia para um futuro post, é como o Islã interpreta o Judaísmo e o Cristianismo. Porque, o Islã foi profundamente influenciado por estas religiões.
ResponderExcluirBOA TARDE QUERIDO MESTRE DIOGO. MUITO INTERESSANTE ESSE DEBATE E CREIO QUE DEVEMOS ANALISAR O TODO E EM ESPECIAL A EVOLUÇÃO QUE NOS REMETE AOS DIAS ATUAIS. TRADIÇÃO, OPRESSÃO OU VONTADE PRÓPRIA (COMO DISSE NOSSO AMIGO RAPHAEL), E ATÉ MESMO O QUE ESTÁ POR TRÁS DO INTERESSE NO PROJETO DE VETO DE TAIS VESTIMENTAS - SERÁ QUE É MESMO SEGURANÇA? ACREDITO QUE VIVENDO EM UM PAÍS DIFERENTE DO SEU DEVEMOS SABER QUE NOS SUBMETEMOS AS SUAS REGRAS, SUA CONSTITUIÇÃO E PARA TANTO TEMOS OBRIGAÇÃO DE RESPEITAR SUA VONTADE E SUAS DECISÕES DESE QUE BEM EMBASADAS E DEMOCRÁTICAS. GOSTARIA DE OUVIR MAIS COMENTÁRIOS A RESPEITO DO ASSUNTO PARA FORMULAR MELHOR MINHA OPINIÃO E ENRIQUECER MAIS O CONHECIMENTO. GRANDE ABRAÇO.
ResponderExcluirNão vejo nada de islamofóbico na tal lei. Niqab e burka cobrem totalmente o rosto da mulher, o que é proibido em vários países, inclusive no Brasil.
ResponderExcluirNo último carnaval houve uma polêmica em uma cidade do Nordeste porque a polícia proibiu mascaras.
É, o assunto, por si só, se mostra complicado. O ponto de vista do mestre Diogo encontraria sustentabilidade se o veto à burqa e ao niqab ocorresse nos países árabes, onde o islã é predominante. O ponto de vista do amigo Hiur toca a ferida, visto que o uso dessas vestimentas causa às pessoas, de cultura ou religião diferente a deles, insegurança, isto até pela dúvida: será que ali dentro há uma mulher "religiosa" ou um “terrorista camuflado”? No que tange o ponto de vista do mestre Raphael, o temor oriundo dos ensinamentos religiosos deve reprimi-las sim ao extremo. Tomo por base os meus temores para com o pecado que possa macular minha alma perante Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, da para imaginar o temor dessas mulheres, todavia, não da para criticar os franceses. Se pretendo morar em outro país, terei que adaptar-me aos hábitos e costumes do lugar. Não gostaria de ter vizinhos com essas vestimentas, teria receio.
ResponderExcluirSabe meu caro Diogo, é um assunto para várias "imperiais" na varanda do Castelo de São Jorge, numa bela tarde ensolarada de um sábado qualquer!
ResponderExcluirAté que ponto esse respeito à liberdade religiosa deve predominar? Seus argumentos são extremamente persuasivos, corretos, justos, no sentido literal da palavra justiça.
Certamente conhece a lei de Talião, expressa lá no bom e velho código de Hamurabi: olho por olho. dente por dente.
Posso andar de mãos dadas em Abu Dhabi? Posso beijar minha namorada? Não? Por que? Por que a cultura deles não permite?
Então porque temos que permitir a cultura alheia no "nosso mundo ocidental" ? Pode parecer um argumento imbecil, mas a base da diplomacia mundial é essa: se seu país ceder, o meu cede. Se não, nada feito. Olho por olho. Visto por visto.
Respeito como poucos as culturas alheias. Jamais insultaria um canibal se estivesse na sua tribo, no seu país. Jamais ficaria horrorizado de presenciar uma cerimônia de abscisão (corte parcial/total do clitoris) numa tribo cuja a cultura é essa!
É horrendo para nossa cultura, e necessário na deles. Mas quando tais rituais avançam e ofendem nossa cultura? Devemos respeitar uma cerimônia religiosa desse tipo??
Claro que citei um exemplo extremo e rude, mas serve para expressar o que tento dizer com palavras....
Não é tão fácil assim para uma cultura ocidental aceitar, e olhar somente o lado da liberdade religiosa. Duas vertentes passam na mente, a liberdade de escolher e seguir uma religião, na mente e o lado moral em equilíbrio. Esta é a vertente da liberdade religiosa, sim mas no caso específico da França, onde 10,4 milhões de pessoas seguem religiões de origem muçulmana, somente 2,8 milhões seguem as que o uso da burca e do niqab é mais frequente. Posto isto, passamos á segunda vertente, embora haja 10 milhões se sentindo diretamente abalados por uma lei que não os respeita, vejamos o lado do bem comum, na França e na liberdade que temos na Europa de atravessar fronteiras entre países, onde nos acostumamos a vemo-nos como iguais, isto porque eu vejo o teu rosto, eu te identifico, eu quero o respeito. Qual é a liberdade no caso da França? É a liberdade de 44 milhões de pessoas, que gostam também de viver em liberdade, que não pregam contra nenhuma religião, pois a religião deverá ocorrer dentro das igrejas e sinagogas, ou dentro da casa de cada um. Agora na via pública, estamos seguros quando identificamos quem está próximo, ou será que o terrorismo acabou? Aqui temos a balança da justiça cega, de um lado 10 milhões de muçulmanos e do outro toda a população francesa querendo paz e liberdade.
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